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Ciência

Em evento que desafia a natureza, fêmeas podem ter ‘partos virgens’; cientistas explicam

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No mundo fascinante da natureza, eventos extraordinários desafiam as leis conhecidas, surpreendendo até mesmo os cientistas mais experientes. Recentemente, um acontecimento peculiar na cidade de Hendersonville, na Carolina do Norte (EUA), deixou os especialistas perplexos e intrigados.

Em fevereiro de 2024, Charlotte, uma arraia fêmea residente no Aquário e Laboratório de Tubarões Team Ecco, pegou a todos de surpresa ao ser descoberta grávida. O mais surpreendente? Charlotte não tinha tido contato com machos de sua espécie por mais de oito anos! Como isso poderia ter acontecido?

Uma teoria maluca surgiu apontando para a presença de dois tubarões-bambus-de-pintas-brancas que estavam dando em cima de Charlotte no mesmo tanque. As marcas de mordidas suspeitas em seu corpo deixaram os cientistas de cabelo em pé, fazendo-os pensar se Charlotte tinha se metido numa pegadinha cósmica que resultaria num híbrido bizarro de tubarão e arraia. Eles foram ainda mais longe, pensando que talvez Charlotte tenha sido vítima de uma pegadinha cósmica: a partenogênese.

A partenogênese, do grego “parthénos” (virgem) e “gênese” (criação), é um processo pelo qual um óvulo se transforma em embrião sem fertilização pelo esperma. Embora seja mais comum em insetos, casos entre vertebrados têm sido documentados, com Charlotte possivelmente sendo o primeiro caso registrado de partenogênese em arraias.

Imagine só: Kevin Feldheim, o biólogo molecular, explicando que a partenogênese é tipo uma “tática de emergência” para fêmeas que estão na seca e sem contatinho. É tipo uma espécie de plano B da natureza quando não rola nada na balada da reprodução.

Descobrir quem é o papai dos filhotes gerados por conta da partenogênese é tipo tentar achar uma agulha no palheiro, especialmente com tubarões que gostam de fazer reserva de esperma como se fosse comida enlatada. Foi então que Feldheim inventou um teste de paternidade tão ninja que mostrou que os filhotes eram clones da mãe. Ou seja, é oficial: Charlotte é mãe solteira, mas também mãe de todos.

Embora a partenogênese ofereça uma solução criativa para a reprodução em circunstâncias adversas, ela não está isenta de desvantagens. Filhotes nascidos por esse método frequentemente apresentam menor diversidade genética e tendem a ter uma vida mais curta, como observado em estudos conduzidos por Kady Lyons.

Lyons, uma pesquisadora experiente em tubarões e arraias, ressalta que ainda há muito a aprender sobre os gatilhos desencadeantes da partenogênese e suas consequências a longo prazo. Ela destaca a importância de observações em situações únicas, onde a vida encontra maneiras inesperadas de se perpetuar.

Em um mundo onde a natureza continua a nos surpreender, casos como o de Charlotte nos lembram da incrível diversidade e adaptabilidade das formas de vida em nosso planeta. Afinal, como Lyons conclui: “Obviamente, a vida encontra um caminho”.

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