Ciência
Dependendo do ritmo, música eletrônica é capaz de alterar seu estado de consciência
Para muitos, música eletrônica é apenas uma trilha sonora para festas, só que pesquisadores espanhóis estão desvendando um novo aspecto desse gênero. Isso porque descobriu-se que a batida pulsante não apenas anima a pista de dança, como também tem o poder de alterar nossa mente de maneiras surpreendentes.
Conforme repercutiu o New Scientist na última terça-feira (20), cientistas exploraram, por meio de um estudo, como a música eletrônica pode nos tirar do nosso estado mental habitual, provocando mudanças significativas na forma como pensamos, sentimos e percebemos o mundo ao nosso redor. Esse fenômeno não é tão estranho quanto parece – já sabemos que diversos estímulos, como dormir, meditar e até mesmo o uso de drogas, podem nos transportar para estados de consciência diferentes.
Mas e quanto à música? Bem, parece que ela não é só uma trilha sonora para nossas vidas, mas tipo, uma espécie de chef de cozinha cerebral. Desde os coros das igrejas até as batidas dos tambores em rituais antigos, a música tem mexido com a cabeça da galera desde que o mundo é mundo. E agora, cientistas estão tentando descobrir o que se passa na mente de quem ouve esses batidões.
Em seu estudo preliminar, os cientistas analisaram como as ondas cerebrais dos participantes reagiam a diferentes batidas eletrônicas. Imagine só a cena: cientistas de óculos fundo de garrafa e jalecos brancos, enfiados num laboratório cheio de fios e máquinas estranhas, tentando entender como diabos nossos cérebros reagem quando a batida é pesada. Eles basicamente grudaram uns eletrodos na cabeça do pessoal e ficaram de butuca para ver o que acontecia enquanto eles curtiam um som eletrônico. Tipo, é a ciência tentando entender o rolê dos neurônios na pista de dança.
Surpreendentemente, eles descobriram que a música eletrônica sincronizava-se com a atividade cerebral dos participantes, induzindo um estado alterado de consciência. E o ritmo mais lento, com cerca de 99 batidas por minuto, mostrou-se especialmente eficaz nesse aspecto, levando os participantes a relatarem uma maior mudança em seu senso de identidade.
Além disso, os pesquisadores observaram que a diferença na sincronização entre as batidas mais lentas e as mais rápidas correspondia a diferenças no tempo de reação dos participantes. Isso sugere que a música eletrônica não apenas influencia nossa mente, mas também pode afetar nossa capacidade de reação e foco.
Enquanto este estudo abre novas portas para entendermos os efeitos da música em nossa mente, os pesquisadores planejam investigar ainda mais como características individuais, como o conhecimento musical, podem influenciar essa sincronização cerebral.
Compreender os mecanismos por trás desses estados alterados de consciência não apenas nos leva a explorar novos horizontes na pesquisa neurocientífica, mas também pode ter aplicações práticas, desde o tratamento do estresse até a compreensão de estados mais extremos, como o coma. Afinal, quem diria que uma simples batida eletrônica poderia ter tanto poder sobre nossas mentes?
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