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Bebê prematura extrema, que nasceu com apenas 335 g e 25 cm, recebe alta sem sequelas

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Faz apenas uma semana que a pequena Emanuelly Yasmin, agora com 5 meses, deixou o Hospital Municipal Vila Santa Catarina (HMVSC), após ter nascido com apenas 335 gramas e 25 centímetros. Ela foi apelidada carinhosamente de Manu e sua cesariana de emergência ocorreu em 18 de novembro de 2022, quando ela tinha apenas 26 semanas e 2 dias.

Manu é um verdadeiro milagre, pois ela é a menor bebê a sobreviver em uma UTI Neonatal do SUS (Sistema Único de Saúde) sem sofrer sequelas graves.

Bebê prematura extrema, que nasceu com apenas 335 g e 25 cm, recebe alta sem sequelas.

O caso foi tema de uma reportagem do portal R7, que conta que a mãe da pequena Emanuelly Yasmin chama-se Camila Fernanda Soares e tem 27 anos.

Camila sempre sonhou em ser mãe, porém, após tentar por anos e passar por dois abortos, ela finalmente conseguiu engravidar novamente. Infelizmente, Camila teve um grave quadro de pressão alta e os medicamentos que estava tomando já não surtiam mais efeito. Ela havia sido diagnosticada com DHEG (doença hipertensiva específica da gestação) que estava progredindo para pré-eclâmpsia e poderia resultar em convulsões.

“Fora isso, ela já tinha feito exames [que mostraram que] a bebê não estava se desenvolvendo adequadamente, ela estava pequena dentro da barriga dela”, relata Luisa Zagne Braz, coordenadora médica da Pediatria, Terapia Intensiva Pediátrica e da Neonatologia do hospital Vila Santa Catarina.

De acordo com Camila, em todas as consultas pré-natais, aparentemente, estava tudo bem com sua gestação e nenhum sinal indicava um alto risco para ela e sua filha.

Porém, durante uma ultrassonografia de rotina, descobriu-se que nem tudo estava correndo bem, o que foi um choque para ela. Logo após o diagnóstico, Camila foi internada na maternidade do Hospital Municipal Vila Santa Catarina (HMVSC).

Manu já extubada, no hospital.

Após quatro dias recebendo medicação para melhorar o crescimento fetal (devido à placenta apresentar pouco líquido amniótico) e para a neuroproteção do bebê, com corticoide e sulfato de magnésio, a equipe médica chegou à conclusão de que a situação era bastante crítica tanto para a mãe quanto para a filha.

Conforme lembra Luisa, uma das médicas responsáveis, desde o início, os riscos foram compartilhados com a família, e havia muitas dúvidas sobre como cuidar de um bebê tão pequeno e debilitado. Contudo, todos estavam dispostos a ajudar no que fosse necessário.

Foto recente da família completa (Fernando, pai da pequena, Camila e Manu).

Segundo Camila, a equipe médica apresentou duas opções: realizar um parto induzido com o risco de a bebê não sobreviver devido à pressão alta ou optar por uma cesárea, que poderia colocar em risco seu útero. Camila não hesitou em escolher a cesárea, dizendo: “Eu quero minha filha.”

Consequentemente, foi realizada a cesárea. A especialista responsável pelo caso afirmou que, como o Hospital Municipal Vila Santa Catarina é gerenciado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, as mesmas práticas médicas foram compartilhadas e todas as diretrizes e protocolos foram rigorosamente seguidos durante o procedimento. Foi assim que a pequena Emanuelly Yasmin, ou Manu, nasceu.

Registro recente de Emanuelly, já em casa.

Depois de quatro dias de medicação para melhorar o crescimento fetal devido à pouca quantidade de líquido amniótico na placenta, a equipe médica concluiu que a situação era crítica tanto para a mãe quanto para a filha. A equipe médica apresentou duas opções a Camila: um parto induzido com risco de morte para a bebê ou uma cesárea que poderia colocar em risco o útero de Camila.

Camila optou pela cesárea e a equipe médica seguiu todas as diretrizes e protocolos durante o procedimento. A pequena Emanuelly Yasmin, ou Manu, nasceu, e a equipe precisou colocar o acesso no braço da bebê porque o catéter umbilical não poderia ser mantido por muito tempo.

Manu teve uma infecção pelo citomegalovírus, mas conseguiu se recuperar. Ela recebeu alta depois de dois meses, com 2,3 quilos e 5 meses de idade.

Embora tenha nascido prematura, a bebê não teve doenças neurológicas graves, hemorragias cerebrais ou retinopatias específicas da prematuridade. Manu tinha uma leve dependência de oxigênio, mas o prognóstico dela era positivo. Camila acredita que confiar na cesárea e na força da filha foi a melhor escolha que ela fez na vida.

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