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Trabalhadores de aplicativo preferem autonomia em vez de vínculo CLT, diz Datafolha

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Segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a preferência da maioria dos trabalhadores de aplicativos (75%) é manter sua autonomia em vez de ter um vínculo tradicional com as normas da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). No entanto, 14% dos entrevistados expressaram o desejo de ter um vínculo de emprego para garantir benefícios trabalhistas, mesmo que isso signifique a perda de flexibilidade.

De acordo com informações do jornal Correio Braziliense, o levantamento foi conduzido em conjunto com os aplicativos iFood e Uber e envolveu a entrevista de 1.800 motoristas e 1.000 entregadores em todo o Brasil. O questionário foi enviado por e-mail e as entrevistas foram realizadas de 17 de janeiro a 10 de março de 2023. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Trabalhadores de aplicativo preferem autonomia em vez de vínculo CLT, diz Datafolha.

Mais da metade dos trabalhadores (51%) dependem exclusivamente dos aplicativos como fonte de renda. A maioria esmagadora (76%) expressou o desejo de continuar trabalhando por meio dessas plataformas, enquanto apenas 12% afirmaram que gostariam de parar de trabalhar dessa maneira.

Quando questionados sobre o modelo de trabalho intermitente, que é uma forma de contrato de trabalho com horários não constantes, 70% dos entrevistados afirmaram que esse modelo não atende às suas necessidades, enquanto 14% disseram que ele atende.

Aplicativo Uber.

Em relação aos benefícios, 89% dos entrevistados afirmaram que é importante garantir certos direitos e benefícios aos trabalhadores de aplicativos, desde que isso não interfira na flexibilidade. Os demais (11%) acreditam que é necessário garantir todos os direitos trabalhistas aos trabalhadores de aplicativos, mesmo que isso signifique uma menor flexibilidade.

O Datafolha apresentou dois modelos de trabalho para os entrevistados. Do total de participantes, 91% escolheram o modelo A, que inclui liberdade e autonomia para decidir o horário de trabalho, possibilidade de recusar viagens ou pedidos de entrega a qualquer momento sem penalidades, permissão para trabalhar com múltiplos aplicativos do mesmo segmento, alguns benefícios e proteção social sem restringir as oportunidades de trabalho, além de ganhos proporcionais ao trabalho realizado, como ocorre atualmente.

Apenas 9% dos entrevistados optaram pelo modelo B, que envolve a empresa determinando horários e locais de trabalho, controle do planejamento de viagens e entregas pela empresa, exigindo sua execução sob risco de multa ou demissão, restrição para trabalhar com apenas um aplicativo, garantia de todos os direitos trabalhistas, mesmo que isso resulte em menos oportunidades de trabalho e renda proveniente das plataformas, além de um salário mínimo mensal para uma jornada de 40 horas semanais, incluindo repouso remunerado, férias remuneradas e 13º salário.

De acordo com o levantamento, 26% dos motoristas e 34% dos entregadores contribuem para a Previdência Social como empregados de empresas privadas ou do setor público. Outros 26% dos motoristas e 24% dos entregadores contribuem como trabalhadores autônomos.

Um total de 10% dos motoristas e 10% dos entregadores não contribuem para a Previdência Social, mas possuem planos de previdência privada. Os demais (37% dos motoristas e 32% dos entregadores) não contribuem e também não possuem planos privados.

A maioria (68%) afirmou que contribuiria para a Previdência Social caso as plataformas recolhessem automaticamente o valor destinado a esse fim.

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