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Ciência

Transexuais que tomam hormônios correm maior risco de câncer de próstata, diz estudo

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Um estudo constatou que indivíduos do sexo biológico masculino que se identificam como mulheres transexuais possuem um risco aumentado de câncer de próstata não diagnosticado. A pesquisa foi publicada no Journal of the American Medical Association na última semana.

De acordo com uma reportagem do jornal americano San Francisco Chronicle publicada no último sábado (29), Stephen Freedland, urologista e autor do estudo afirmou que há uma percepção equivocada que algumas pessoas têm em relação ao câncer de próstata.

Segundo o especialista, tanto pacientes quanto médicos, acreditam erroneamente que o câncer de próstata é uma condição que afeta apenas homens biológicos. Uma crença que pode levar a um diagnóstico tardio ou a uma falta de triagem adequada em pacientes que se identificam como mulheres, mas possuem próstatas.

Movimento trans em conflito com o movimento feminista.

A partir do uso dos registros do Departamento de Assuntos de Veteranos, pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco verificaram que as taxas de câncer de próstata em homens trans foram inferiores às estimativas previamente estabelecidas com base na incidência observada em homens cisgênero veteranos.

Apesar de o uso de estrogênio durante a transição de gênero poder reduzir o risco de câncer de próstata em mulheres transexuais, os médicos observaram que essa prática também pode diminuir a eficácia das ferramentas de triagem utilizadas para diagnosticar a doença.

Bandeira trans.

A reportagem do San Francisco Chronicle afirma ainda que o estudo também indicou que mulheres transexuais que fazem uso de estrogênio podem apresentar casos mais avançados de câncer de próstata no momento do diagnóstico em comparação com homens biológicos (ou homens cisgênero), o que sugere possíveis atrasos na detecção da doença.

Diante desses achados, o Dr. Farnoosh Nik-Ahd, autor principal do estudo, ressaltou a necessidade de a comunidade médica aprimorar a abordagem da saúde de pessoas transgênero.

“Ainda estamos no início da melhor forma de cuidar dessa população – e é uma população que provavelmente aumentará, em termos do número de pessoas que se identificam abertamente como transgênero”, disse Nik-Ahd.

Nik-Ahd afirmou ainda que sua equipe de pesquisa pretende investigar outras questões de saúde relacionadas a homens transexuais e seus órgãos reprodutivos originais, como os ovários.

De acordo com informações da FOX News, legislações em diversos estados norte-americanos foram aprovadas para impedir que menores de idade tenham acesso a tratamentos médicos transgênero, incluindo bloqueadores de puberdade e outras intervenções similares.

Recentemente, nos Estados Unidos, tem havido discussões acerca do tema da identidade de gênero e sexo em diversas áreas, incluindo no âmbito dos esportes, da educação e da saúde feminina.

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