Documento vazado revela que multiplataforma Call of Duty é o carro-chefe do PlayStation

Que a franquia Call Of Duty é uma das mais rentáveis e bilionárias da indústria dos games, isso não é tanto uma novidade. O que poucos sabiam, até hoje, era da dimensão dessa grana, e seu importante papel no consumo da plataforma da Sony. Isso porque um documento vazado da Sony revelou informações confidenciais relacionadas ao caso Activision Blizzard x Microsoft, que não deveriam ter se tornado públicas.

Esse documento foi analisado pelo portal especializado em tecnologia The Verge, em uma matéria publicada nesta quarta-feira (28). Na matéria, são destacados pontos sobre a importância financeira de Call of Duty para a empresa dona do PlayStation.

As informações contidas no documento, redigido por Jim Ryan, presidente da PlayStation, estavam inicialmente ocultas por tarjas pretas. No entanto, quando o texto foi digitalizado, algumas informações puderam ser parcialmente compreendidas.

Segundo a análise do The Verge, apenas nos Estados Unidos, o jogo Call of Duty teria gerado US$ 800 milhões de receita (equivalente a aproximadamente R$3,9 bilhões na conversão direta em 29/06/23) para a PlayStation no ano de 2021. Estima-se que esse valor possa chegar a US$ 1,5 bilhão (cerca de R$7,3 bilhões) em nível global.

Durante o período de 2019 a 2021, os jogadores de Call of Duty teriam gastado entre US$ 13,9 bilhões e US$ 15,9 bilhões (a leitura por baixo da tarja não é clara). Esses números incluem vendas de passes, assinaturas, acessórios, jogos em si, hardware e outros serviços relacionados ao PlayStation.

O documento não revela com clareza a porcentagem de ganhos compartilhada pela Sony com a Activision Blizzard.

Além disso, o texto menciona que aproximadamente 1 milhão de jogadores jogam exclusivamente Call of Duty no PlayStation. A Sony teria garantido mais um título da franquia para seu console, conforme o acordo firmado com a Activision Blizzard, e esse novo jogo seria lançado ainda em 2023.

A Sony é uma das empresas que se opõem à aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, principalmente devido à distribuição de Call of Duty. O acordo entre a Activision Blizzard e a Microsoft está avaliado em US$ 69 bilhões, tornando-se a maior proposta de aquisição da história do mercado de jogos eletrônicos.