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Bombas da Segunda Guerra Mundial estão ficando mais sensíveis com o passar do tempo
Quando se trata de explosivos, é normal acreditar que elas enfraquecem com o tempo, certo? Só que não é bem assim que a história se desenrola. Um estudo recente mergulhou nesse debate ao examinar de perto o comportamento de antigas bombas não detonadas da Segunda Guerra Mundial.
A ideia de que esses artefatos perdem sua letalidade com o passar dos anos foi desafiada quando os pesquisadores descobriram que algumas dessas bombas estavam, na verdade, se tornando mais sensíveis a impactos. Este achado surpreendente levanta questões cruciais sobre a segurança e o manuseio desses artefatos históricos, além de nos forçar a repensar nossas suposições sobre a estabilidade dos explosivos ao longo do tempo.
Um estudo recente publicado no periódico Royal Society Open Science, lançou luz sobre essa questão ao examinar como o envelhecimento afeta a sensibilidade ao impacto de bombas não detonadas da Segunda Guerra Mundial.
Pesquisadores do Instituto Norueguês de Pesquisa de Defesa realizaram experimentos intrigantes com projéteis contendo Amatol, uma poderosa mistura de TNT com nitrato de amônio. Surpreendentemente, descobriram que essas bombas se tornaram mais sensíveis a impactos ao longo do tempo, aumentando o risco de explosão espontânea.
Geir Petter Novik, autor principal do estudo, observa que, embora o Amatol seja relativamente seguro de manusear, não pode ser tratado com a mesma despreocupação que o TNT. O Amatol, desenvolvido em 1915 no Reino Unido, foi amplamente utilizado durante a guerra, especialmente em locais onde o TNT era escasso.
“Com base nas nossas descobertas, podemos dizer que é relativamente seguro de manusear, mas não se pode manuseá-lo como se fosse o TNT”, diz Geir Petter Novik, do Instituto Norueguês de Pesquisa de Defesa. “Certamente pode explodir se cair, ao contrário do TNT.”
A descoberta levanta preocupações sobre a segurança ao lidar com milhões de toneladas de explosivos não detonados em todo o mundo, muitos dos quais contêm Amatol. Surpreendentemente, enquanto se presume que os explosivos enfraqueçam com o tempo, o estudo revelou que tanto o TNT quanto o PETN mantiveram sua potência ao longo das décadas.
A sensibilidade aumentada ao impacto do Amatol é um mistério para os pesquisadores, que suspeitam que possa ser causada por cristais sensíveis ou reações químicas dentro das bombas. Esta descoberta não apenas ressalta os perigos persistentes das munições não detonadas, mas também destaca a complexidade do envelhecimento de materiais explosivos.
Essas descobertas desafiam a noção comum de que explosivos perdem sua eficácia ao longo do tempo e destacam a importância de entender como esses materiais se comportam com o passar dos anos. Com milhões de toneladas de explosivos não detonados em todo o mundo, é crucial manter-se informado sobre os riscos que eles representam, mesmo décadas após sua fabricação.
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