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Estado do Oregon está recriminalizando as drogas após aumento alarmante de overdoses

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Há três anos, quando os eleitores do Oregon aprovaram um plano pioneiro para descriminalizar as drogas pesadas, um futuro promissor parecia surgir diante dos olhos da nação. No entanto, enquanto a lei histórica entrava em vigor em 2021, uma nova ameaça surgia: o fentanil.

O caso ganhou repercussão em uma reportagem publicada no jornal Estadão, que destacou que enquanto os esforços para financiar programas de tratamento avançado tropeçavam, as overdoses aumentavam, deixando um rastro de desespero e incerteza.

Enquanto muitos esperavam que a medida pioneira do Oregon inspirasse uma revolução nacional, a realidade cruel se estabeleceu, especialmente em Portland, onde cenas de uso de drogas e desespero continuavam a assombrar as ruas.

Agora, até mesmo alguns dos políticos mais progressistas estão voltando atrás, apoiando um projeto de lei que reintroduziria penalidades criminais para a posse de certas drogas.

Uso de maconha exige mais anestesia e aumenta a dor após cirurgias, segundo estudo.

O senador estadual Chris Gorsek, anteriormente um defensor da descriminalização, expressou preocupação com o aumento do uso aberto de drogas e ajudou a intermediar um plano para proibir essa atividade.

“Está claro que precisamos fazer algo para tentar ajustar o que está acontecendo em nossas comunidades”, disse ele.

A reversão abrupta representa um golpe devastador para os defensores da descriminalização, que argumentam que o aumento das mortes por overdose é resultado de uma série de fatores e falhas que não estão diretamente ligados à lei.

Eles advertem contra o retorno à abordagem da “guerra às drogas” e pedem investimentos em habitação acessível e opções de tratamento de drogas.

Embora muitos estados tenham avançado na legalização da maconha, nenhum, além do Oregon, havia adotado a medida radical de remover penalidades criminais para a posse de drogas pesadas como fentanil, heroína e metanfetamina.

Drogas sintéticas.

A medida, conhecida como Medida 110, foi impulsionada pela preocupação de que as leis de drogas estivessem encarcerando desproporcionalmente pessoas negras e punindo aqueles que precisavam de tratamento para dependência.

No entanto, as autoridades policiais encontraram dificuldades em distribuir fundos para expandir os programas de tratamento, enquanto o fentanil continuava a inundar a região. Em Portland, as mortes por overdose dispararam, superando até mesmo as mortes por covid-19.

Os defensores da descriminalização argumentam que a crise está enraizada na abundância de fentanil, na falta de serviços sociais e nos efeitos persistentes da pandemia, especialmente na falta generalizada de moradia. No entanto, a reversão da medida no Oregon e a falta de avanços em outros estados destacam um desafio contínuo na abordagem da crise das drogas.

A aprovação do projeto de lei pelos legisladores do Oregon representa um compromisso entre restaurar as penalidades criminais e priorizar o tratamento. A medida cria um novo crime de posse, mas também enfatiza medidas que visam proporcionar saídas do sistema de justiça criminal, como a expansão de programas locais para direcionar os indivíduos ao tratamento em vez da prisão.

Enquanto o debate sobre a melhor abordagem continua, o Oregon enfrenta uma encruzilhada crucial na resposta à crise das drogas. Com a proliferação do fentanil exigindo uma nova estratégia, o estado pode acabar se tornando um modelo para o país, combinando tratamento com responsabilização e priorizando a segurança e o bem-estar das comunidades.

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