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Tecnologia

Câmera mais rápida do mundo captura 156 trilhões de imagens por segundo; veja como funciona

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Prepare-se para uma viagem ao mundo da velocidade extrema. Pesquisadores da Universidade de Quebec, no Canadá, estão redefinindo os limites da captura visual com sua mais recente inovação: uma câmera que pode capturar 156,3 trilhões de frames por segundo (fps). Isso mesmo, trilhões.

Para colocar em perspectiva, nossa fiel companheira, a câmera do iPhone, geralmente registra em modestos 30 fps, ou até 240 fps para câmera lenta. E aquele efeito cinematográfico deslumbrante? Ah, ele é feito a 48 fps. Parece rápido, certo? Bem, espere até ver a mais nova invenção divulgada por pesquisadores da Universidade de Quebec, no Canadá.

Impossível? Nada é impossível quando se trata de ciência. Essa câmera ultrarrápida pode visualizar fenômenos que acontecem em femtosegundos (sim, femtosegundos, que são tão pequenos que é difícil até mesmo imaginar). Um quadrilionésimo de segundo, para ser exato. Para dar uma dimensão desse tempo, imagine segundos se desdobrando em 32 milhões de anos, que é quanto tempo existe em um femtosegundo.

Você pode se perguntar, para que precisamos de uma câmera tão rápida? Bem, há uma série de fenômenos incríveis na física, química e biologia que estão além do alcance das câmeras convencionais. A nova câmera, apelidada de SCARF, abre as portas para um novo mundo de descobertas.

Essa invenção também ganhou repercussão por meio de uma reportagem da revista Superinteressante, que destaca que graças a uma técnica inovadora que permite a captura de 132 frames a partir de um pulso de laser ultra-rápido, agora podemos observar ondas de impacto em objetos e até mesmo células vivas em ação.

Mas como isso funciona? É tudo graças a uma fonte de luz revolucionária chamada laser chirp, cujo desenvolvimento foi honrado com o Prêmio Nobel de Física de 2018. O laser chirp emite diferentes comprimentos de onda de luz em momentos diferentes. Enquanto o vermelho chega primeiro, o roxo, com o menor comprimento de onda, vem por último. Isso permite que a câmera capture informações em momentos diferentes para cada cor. Em essência, em vez de tirar uma foto de uma vez só, a câmera registra as cores sucessivamente e, quando todas são combinadas, temos uma imagem em movimento; uma verdadeira façanha da ciência.

Da esquerda para a direita: Professor Jinyang Liang, Yingming Lai, estudante de doutoramento em ciência da energia e dos materiais, Heide Ibrahim, Diretora da ALLS, Miguel Marquez, pós-doutorando e coautor do estudo, e Professor François Légaré à frente do sistema SCARF no INRS.

Claro, há algumas limitações. Esse método só pode ser usado em fenômenos que se repetem exatamente da mesma forma, como a remoção de material por laser ou choques mecânicos em células vivas. Mas as possibilidades são emocionantes. Desde melhorar tratamentos médicos até expandir nossa compreensão da física fundamental, a SCARF está pronta para deixar sua marca no mundo da ciência e além.

Portanto, da próxima vez que você pensar que capturar o momento é apenas uma questão de apertar um botão, lembre-se da incrível jornada da femtofotografia. É um lembrete poderoso de que, quando se trata de exploração científica, os limites estão apenas na nossa imaginação.

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