Tecnologia
Facebook agora avisa remoção de comentários contendo discurso de ódio em uma postagem
Como parte de um esforço para evidenciar seu combate ao discurso de ódio, o Facebook agora está anunciando a remoção de comentários em postagens. A mudança pôde ser observada por diversos usuários no aplicativo para smartphones, e acontece em meio a manchetes acusando a empresa de promover o discurso de ódio em sua rede social.
De acordo com informações do Washinton Post, o Facebook negligenciou a proteção de conteúdo global e alimentou discursos de ódio e violência pelo mundo além das fronteiras dos Estados Unidos.
Uma publicação da newsroom do próprio Facebook, no entanto, diz que a prevalência do discurso de ódio caiu quase 50% na plataforma.
Pra quem não sabe, o Facebook vem enfrentando, nos últimos dias, o seu maior escândalo desde o episódio da Cambridge Analytica, onde foi revelado que 80 milhões de usuários tiveram seus dados acessados sem permissão.
Seguido do depoimento da ex-gerente de produto do Facebook, Francis Haugen, que disse ao Congresso dos EUA que a empresa prioriza lucro sobre o “bem-estar”, a rede social de Mark Zuckerberg agora enfrenta o vazamento de documentos internos bem reveladores.
A plataforma, entre outras coisas, também é acusada de ser usada, no Oriente Médio, para compra e venda de seres humanos. De acordo com informações da CNN, a rede social já sabia do problema de tráfico humano na região antes de 2018, mas a questão escalonou em 2019.
“[Nossa] plataforma permite todos os três estágios da exploração humana (recrutamento, facilitação e exploração) por complexas redes de contatos na vida real”, revela o documento interno.
Com isso em mente, há 2 anos, a Apple ameaçou banir o app do Facebook e do Instagram da App Store. Somente após a pressão de Cupertino, a empresa de Zuckerberg resolveu montar uma força tarefa para monitorar redes de compra e venda de pessoas.
“Remover nossos apps das plataformas da Apple teria sérias consequências aos negócios, incluindo privar milhões de usuários ao acesso de IG & FB”, aponta o documento obtido pela CNN. “Para mitigar esse risco, nós formamos um grande grupo de trabalho que operava 24 horas para criar uma estratégia de resposta”.
Em meio aos escândalos, Mark Zuckerberg recentemente anunciou a mudança de nome da empresa controladora do Facebook e Instagram. De Facebook, agora a empresa passa a se chamar Meta.
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