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Público que prefere evitar notícias ruins na imprensa cresce cada vez mais, diz estudo
Uma verdadeira enxurrada de notícias ruins tomou conta das redações com a pandemia de Covid-19. Emissoras de televisão acabaram caindo em descrédito por muitos, como é o caso da Globo, que chegou a ser apelidada, muitas vezes, de Glovid, quando a programação da emissora virava motivo de piada.
O programa “Combate ao Coronavírus”, por exemplo, perdendo cada vez mais audiência, teve que ser tirado do ar.
O público, de fato, parece ter nutrido uma forte repulsa à mídia. E se antes isso era apenas uma suspeita, agora por meio de um relatório, essa suspeita se confirmou. Isso porque um estudo realizado pelo Reuters Institute, mostrou que o público está se afastando cada vez mais dos meios de comunicação.
De acordo com informações do jornal Estado de Minas via AFP, o relatório publicado nesta quarta (15), detalha que o impacto combinado da pandemia de coronavírus, da guerra na Ucrânia e da inflação foram os responsáveis por essa fuga.
“Eu usei menos a TV e o rádio porque é constantemente covid, covid, e covid”, respondeu um homem de 58 anos. “Ou eles colocam constantemente política. Então eu simplesmente desligo.”
Para o relatório, 93 mil pessoas foram entrevistadas em 46 países ao redor do mundo, entre eles o Brasil. Entre os entrevistados, 38% disseram preferir ignorar os meios de comunicação, o que representa um crescimento de 11% com relação a pesquisa feita em 2017, quando essa proporção ficou em 29%.
A reportagem do Estado de Minas mostra ainda que o percentual do relatório aumenta em relação ao Brasil, com 54%, e Reino Unido, com 46%.
“Evito de forma ativa as coisas que podem me causar ansiedade e ter um impacto negativo na minha vida”, confessou um jovem britânico de 27 anos aos entrevistadores.
A sensação de repetição do conteúdo, em específico o caso de sucessivas crises políticas e da pandemia foi o principal motivo para se manter longe das notícias.
O sentimento de impotência e a dificuldade para entender alguns problemas também foram mencionados pelos entrevistados: “Os temas que os jornalistas consideram importantes, como as crises políticas, os conflitos internacionais e as pandemias mundiais, parecem ser precisamente os que afastam algumas pessoas”, explicou Nic Newman, principal autor do Estudo.
A confiança nos meios de comunicação caiu na metade dos países em que o pesquisa foi realizada, e subiu apenas em sete deles. Esse resultado representa um revés depois do início da pandemia, que incrementou o interesse e a atenção às mensagens públicas.
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