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Internautas resgatam post do Black Lives Matter lamentando morte do ditador Fidel Castro

Em 2016, cubanos refugiados em Miami celebraram a morte do ditador.

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Esta semana o movimento de ativistas Black Lives Matter marcou mais uma vez sua posição polêmica na defesa de ideais de esquerda. A organização culpou os Estados Unidos (e não a ditadura castrista) pelo “tratamento desumano” aos cubanos, pedindo para que o governo americano acabe com o embargo à ilha.

Segundo o movimento, o embargo foi imposto com “a intenção explícita” de desestabilizar Cuba e “minar o direito dos cubanos de escolher seu próprio governo”.

Na declaração, o movimento diz que “o povo de Cuba está sendo punido pelo governo dos EUA porque o país manteve seu comprometimento com a soberania e autodeterminação”. Mais adiante, o manifesto, que foi publicado no Instagram, elogia a ditadura comunista. “Cuba historicamente demonstrou solidariedade com pessoas de ascendência africana oprimidas”. Em nenhum momento, porém, as prisões arbitrárias e a violência do regime para suprimir os protestos por liberdade são mencionados na nota.

De acordo com informações do portal G1, o embargo dos Estados Unidos contra Cuba é uma das medidas mais condenadas pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde todos os anos, desde 1992, é aprovada uma resolução contra a imposição americana. Contudo, um especialista apontou que o embargo não é o único ponto em questão quando se trata da crise em Cuba.

Segundo conta o sociólogo Filipe Altamir, os protestos em Cuba acontecem por conta de décadas de um governo opressor, que se iniciou com a revolução cubana que culminou com a destituição de Fulgencio Batista, mas posteriormente levou Fidel Castro ao poder.

“Há mais de 6 décadas o povo cubano sofre as nefastas consequências da famigerada revolução cubana.”, diz Filipe.

No último domingo, a Curiozone produziu, com exclusividade, uma matéria contando sobre os protestos que acontecem agora em Cuba. Sob gritos de “abaixo a ditadura”, milhares de cubanos saíram às ruas em protesto contra o governo.

Embora muitos considerem que os protestos acontecem por conta do agravamento da crise de saúde no país, Filipe aponta que os manifestos que ocorrem em Cuba, têm, na realidade, outra explicação.

De acordo com o sociólogo, os protestos que acontecem em Cuba não são contra a inoperância da ditadura comunista castrista em gerenciar a pandemia: “Na verdade, essa alegada motivação periférica foi levantada como cortina de fumaça para ocultar o real motivo da manifestação massiva que está tomando conta do país.”, conta.

“A conta da ditadura cubana envolve mais de 150 mil vítimas perseguidas, presas, torturadas e mortas.”, diz o sociólogo.

Filipe conta ainda, que os manifestantes já estão sendo configurados pela esquerda brasileira como “contra-revolucionários”. O sociólogo diz que embora essa palavra aparente ser inofensiva, cria legitimidade linguística para transformar um cubano em estado de penúria e que conclama por liberdade em uma espécime de inimigo mortal da causa revolucionária, terrorista ou subversivo.

Em meio ao manifesto do Black Lives Matter que alega ter seu direcionamento único e exclusivo contra o racismo, internautas resgataram um tweet de 2016, onde o grupo lamentava a morte do ditador cubano branco Fidel Castro, deixando de lado qualquer suspeita de que o movimento teria tendência a apoiar pautas de esquerda.


Ainda na época, na postagem do Twitter, seguidores negros condenaram a atitude do movimento: “BLM apóia um ditador… É por isso que nunca se ouve falar de vocês quando crianças e adultos inocentes são assassinados por esses bandidos”, disse um usuário chamado Steve Banks.

Em resposta ao manifesto lamentando, um usuário que se identifica como Jed Elkins estranhou a postura do movimento: “Você está falando sério? Como esse cara tem algo a ver com o que BLM significa?”, disse.

“Um homem branco que mentiu e escravizou um país inteiro? Pensei que vocês fossem ativistas do Black Lives”, comentou um outro usuário anônimo.

Cabe lembrar que na época, ao saberem da notícia da morte do ditador, cubanos refugiados em Miami celebraram com festa o acontecimento.

Na última terça-feira, o influenciador negro Khaby Lame manifestou apoio aos que pedem por liberdade em Cuba. Khaby, com seus mais de 90 milhões de seguidores no TikTok, é uma das maiores celebridades da rede social chinesa.

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