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Estudo diz que por manter escolas abertas, Suécia não teve perda educacional na pandemia
O fechamento de escolas na pandemia de Covid-19 trará sérias consequências a muitos países que optaram por essa decisão. Apenas para se ter uma ideia, de acordo com informações do portal G1, um representante da Unicef afirmou que o fechamento de escolas durante pandemia fez o Brasil regredir duas décadas em matéria de evasão escolar.
Certamente uma decisão que impactou de modo negativo o ensino, o que não é um problema que será experimentado pela Suécia. Isso porque uma pesquisa publicada no volume 114 do International Journal of Educational Research, mostrou que por não fechar as escolas, o patamar de decodificação de palavras e de compreensão de leitura dos alunos suecos se manteve entre os avaliados.
A pesquisa foi feita com quase 100 mil estudantes do 1º ao 3º ano do ensino fundamental, de 248 municípios suecos.
“A pandemia resultou em uma clara interrupção do ensino na maioria dos países do mundo, mas não na Suécia, que optou por manter pré-escolas, escolas primárias e ensino médio abertos durante a pandemia”, afirmou a pesquisadora Anna Eva Hallin, do Instituto Karolinska.
Embora tenham sido mais afetadas pela pandemia, a ocorrência também se deu entre as crianças mais vulneráveis socioeconomicamente.
O estudo mostrou ainda que mesmo com as escolas abertas, a incidência de casos graves de Covid-19, tanto nos matriculados na pré-escola quanto no fundamental, foi muito baixa.
De acordo com os pesquisadores, é possível deduzir que a decisão também pode ter mitigado outros efeitos potencialmente negativos do fechamento de escolas, sobretudo para alunos mais desfavorecidos: “Concluímos que as escolas abertas beneficiaram os alunos da escola primária sueca”, escreveram os autores.
Em dezembro de 2021, um editorial do jornal O Globo, classificou como crime a decisão de deixar as crianças longe da escola por tanto tempo. A manifestação do jornal foi com base no relatório “A path to recovery” (Um caminho para a recuperação), iniciativa conjunta de Unesco, Unicef e Banco Mundial que mostrou que 1,6 bilhão de crianças foram afetadas em 188 países. Segundo o relatório, em média, foram 121 dias de aula totalmente perdidos e 103 parcialmente.
O jornal disse ainda que o ensino remoto ou híbrido não foi capaz de apresentar resultados satisfatórios, e afirma que a perda de aprendizado foi brutal.
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