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Analistas dizem que medida de taxação de importações já surtiu efeito e ele era óbvio
Dados divulgados pelo Banco Central revelam que houve uma significativa desaceleração no ritmo de crescimento das importações de produtos de baixo valor, o que pode sinalizar o fim da fase de “crescimento chinês” dos e-commerces estrangeiros, como a Shein, no mercado brasileiro.
De acordo com informações do jornal O Globo, o Itaú BBA produziu um relatório que explica que essa desaceleração pode estar relacionada com o aumento dos impostos que os brasileiros pagam quando compram coisas em sites de comércio eletrônico de fora do país. A divulgação do relatório, por meio do jornal O Globo, foi publicada na última quinta (06). Naquela data, a imprensa ainda não havia noticiado que o governo Lula começaria a taxar compras de até US$ 50, e mesmo assim, a Receita Federal já estaria cobrando mais impostos dos e-commerces chineses.
Além disso, o relatório do Itaú BBA, mostrou que nos últimos dois meses houve uma “intensa desaceleração” no crescimento das importações. Embora tenha ocorrido um aumento de 63% em 2021 e 132% em 2022, com base nos dados do Banco Central citados no relatório, houve uma queda acentuada de 50% em janeiro em comparação com dezembro.
É importante lembrar que parte dessa queda está relacionada com o período de Natal, que acontece em dezembro. Ainda assim, quando comparado com janeiro do ano anterior, o crescimento foi de apenas 14%, uma fração dos 91% registrados em janeiro de 2022 na mesma base de comparação. Em fevereiro, houve uma queda de 13% em relação a janeiro, e um ganho de apenas 11% em relação a fevereiro de 2022.
“Nossa percepção é que os órgãos de fiscalização estão atuando de maneira mais incisiva nas inspeções”, especulou o Itaú BBA.
Os números do relatório coincidem com a enxurrada de reclamações feitas por clientes da Shein têm usado as redes sociais para reclamar sobre a incidência de impostos em suas compras, mesmo em transações de menos de US$50.
O ministro da Fazenda Fernando Haddad vive dizendo em todas as entrevistas que espera arrecadar até R$ 8 bilhões em impostos. Ao que tudo indica, o ministro não parece trabalhar com a hipótese do cenário revelado pelo relatório dos analistas de varejo, ou seja, de que aumentando os impostos, os produtos ficarão mais caros. Com os produtos ficando mais caros, o custo final do produto com a taxa será repassado ao consumidor e, consequentemente, esse consumidor irá desistir de comprar os produtos.
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