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Governo Lula convoca influenciadores para amenizar críticas sobre taxação de importações

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O governo Lula está mobilizando aliados na tentativa de conter uma onda de críticas  que sofreu nas redes sociais depois que informações surgiram a respeito da taxação de importações de até U$ 50. As informações são do jornal Correio Braziliense, que informou que influenciadores pró-governo estão sendo procurados para tentar mudar a narrativa em torno do caso.

Um trecho da mensagem enviada aos aliados do governo afirma que “o governo não vai criar um novo imposto! A diferença agora é que empresas que não pagavam impostos agora vão começar a pagar. O que acontece hoje em dia: existe uma concorrência DESLEAL entre empresas brasileiras e varejistas asiáticas”.

Para o governo, “empresas como AliExpress, Shein e Shopee dominam uma boa parte do mercado brasileiro com produtos mais baratos”. No entanto, a taxação será repassada para consumidores e a Receita afirma que não haverá diferenciação entre CNPJ e CPF. O impacto, segundo relata a reportagem, será colossal.

Governo Lula mobiliza influenciadores para amenizar críticas sobre taxação de importações.

Integrantes do governo estão pedindo a difusão nas redes de dois pontos, ou seja, afirmar que a taxação não irá prejudicar o pobre, que ela tem dois principais objetivos:

  • Combater a sonegação de impostos no comércio eletrônico.
  • Proteger empresas brasileiras e o que prometem como mais importante: proteger os trabalhadores brasileiros.

A taxação de importações tem gerado muitas críticas nas redes sociais, com usuários apontando para o aumento do custo de vida e a possibilidade de prejudicar pequenos empreendedores que utilizam plataformas online para vender seus produtos.

A reportagem do jornal Correio Braziliense foi divulgada em meio ao conjunto de tweets feitos pelo influenciador Felipe Neto, que curiosamente, se utilizou das mesmas narrativas expostas na reportagem, para tentar amortecer as críticas que o governo sofreu.

Anteriormente, a primeira dama Janja da Silva, publicou que “a taxação é para as empresas e não para o consumidor”. A afirmação, no entanto foi apontada como falsa pelo deputado Kim Kataguiri: “A isenção de 50 dólares era só pra comprador em pessoa física. Isso significa que empresas já pagavam pelo menos 60% de impostos quando importavam. Vamos ver o que o ministério da verdade acha dessas mentiras?”, afirmou.

A Curiozone apurou que ainda que fosse verdade, no fim, o consumidor final sentiria o peso do preço mais caro por conta da margem de lucro que precisa ser mantida pelo comerciante. Em suma, os impostos são um custo adicional para o comerciante, que precisa repassar esse custo para o preço final do produto. Isso acontece porque o comerciante deseja manter sua margem de lucro e não absorver o aumento de custo, o que leva ao aumento do preço do produto para o consumidor final.

Loja de roupas Shein.

Em meio a revelação de que o governo convocou influenciadores para tentar modificar a narrativa, o deputado Nikolas Ferreira afirmou que estará averiguando o caso.


Na tarde desta quarta (12), o Twitter foi inundado por usuários que se disseram arrependidos de terem votado em Lula, fazendo com que o tópico “Desfazendo o L” fosse levada aos assuntos mais comentados na rede social.

O governo Lula tem enfrentado vários desafios nos primeiros 100 dias de governo, incluindo um aumento do desemprego e uma crise econômica. A taxação de importações é vista por alguns como uma medida para proteger a indústria nacional e gerar mais arrecadação para o país, mas tem sido criticada por outros por seu impacto potencialmente negativo sobre a população mais pobre e os pequenos empreendedores.

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