Connect with us

Aconteceu

Águia captura filhotes de falcão, mata um e cria o outro como se fosse seu

Published

on

Tuffy, um filhote de falcão-de-cauda-vermelha, foi involuntariamente separado de seus pais por uma águia-careca fêmea no final de maio, em uma situação que poderia ser considerada um sequestro. Infelizmente, sua irmã não sobreviveu. No entanto, surpreendentemente, em vez de causar danos a Tuffy, a águia manifestou seu instinto materno e adotou o pequeno falcão como seu próprio filho.

Desde o momento do sequestro, Tuffy tem vivido com sua “sequestradora” em uma floresta no condado de Santa Clara, Califórnia, nos Estados Unidos. Parece que a mãe adotiva tem fornecido comida para ele, pois ele está crescendo rapidamente com todos os cuidados necessários. Além de Tuffy, a águia fêmea compartilha o ninho com um macho e uma filhote do casal, que foi carinhosamente chamada de Lola por um observador.

Na semana passada, Tuffy até fez alguns voos bem-sucedidos para longe do ninho. Lola tem acompanhado seus passos e, de forma curiosa, teve que se defender de ataques de outros falcões-de-cauda-vermelha. Essa situação, que poderia facilmente ser confundida com o enredo de um filme de animação, tem sido cuidadosamente observada por pesquisadores da revista científica “Journal of Raptor Research”, especializada em aves de rapina. A notável falta de mistura entre essas duas espécies tem despertado um grande interesse na comunidade científica.

Cheryl Dykstra, pesquisadora e editora da revista, comentou: “Eu já li relatos de adoções semelhantes e, de acordo com os pesquisadores, conclui-se que o filhote de falcão foi inicialmente capturado como presa, mas conseguiu sobreviver. A partir desse momento, o sequestrador passou a alimentar o filhote como se fosse seu próprio descendente.”

A mamãe águia e o seu filhote falcão.

A especialista mencionou que casos semelhantes já foram documentados com outras espécies. Ela citou, como exemplo, uma águia-marinha-de-cauda-branca que adotou um urubu comum.

Os registros fotográficos feitos por Doug Gillard, um fotógrafo que descobriu essa história (Tuffy e Lola são os nomes que ele deu às aves), têm chamado a atenção para a relação incomum entre a “mãe adotiva” e seu filhote protegido.

Doug, que é um ex-atleta olímpico de arremesso de martelo e agora um entusiasta da observação de aves, optou por não divulgar a localização exata do ninho e pediu que os curiosos evitem usar drones para se aproximar da águia e seu filhote adotivo.

Advertisement
Advertisement
Advertisement

Mais Acessados