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Jornalista da Globo é vista em favela do Guarujá e flagrante acaba gerando polêmica
Esta semana um policial militar deu flagrante em uma jornalista da Globo e o caso, registrado em vídeo, acabou gerando polêmica nas redes sociais.
Danielle Zampollo, integrante do programa Profissão Repórter, foi vista em um beco na favela do Guarujá, em meio à repercussão da morte do PM Patrick Bastos Reis, que resultou na deflagração da Operação Escudo, uma iniciativa do governo estadual para combater o crime organizado.
As imagens do incidente circularam nas redes sociais, mostrando o PM dizendo a Danielle que sabe o que ela tem ou não direito de fazer no local. Ao ser desafiado pela jornalista, o policial afirmou: “Pode me filmar. A senhora não precisa falar, eu sei o que você pode fazer e sei o que eu posso fazer. No meio da periferia, em uma abordagem, é isso que acontece.”
É importante destacar que o programa Profissão Repórter é apresentado por Caco Barcellos, autor do livro “Rota 66”, que aborda a história “da polícia que mata”.
As imagens viralizaram, levando internautas a questionar a presença da repórter no local e acusar a Globo de enviar jornalistas para incriminar policiais. O tema chegou aos trending topics do Twitter, gerando discussões intensas.
Desta vez, diferente da pandemia, quando a Globo apoiou a violência estatal contra trabalhadores que tentavam se manter no lockdown, agora, a emissora condena a polícia.
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil-SP) também compartilhou a gravação, interpelando a repórter: “Filmar como os traficantes ‘recebem’ os policiais ela não quer, não é mesmo?”, interpelou o parlamentar. “Inacreditável a vontade que a mídia isentona tem de criminalizar a polícia e idolatrar vagabundo.”
Jornalista da Globo se infiltra na favela para ver como os policiais tratam os bandidos.
Filmar como os traficantes "recebem" os policiais ela não quer, não é mesmo?
Inacreditável a vontade que a mídia isentona tem de criminalizar a polícia e idolatrar vagabundo. pic.twitter.com/afmNABnkRj
— Rubinho Nunes (@RubinhoNunes) August 6, 2023
Por outro lado, o repórter cinematográfico do portal Metrópoles, Samuel Pancher, apontou o que considera ser o ponto importante no trabalho da jornalista: “Queria entender exatamente qual o problema aqui. É jornalista fazendo jornalismo”, disse. “Se a PM está realmente só cumprindo a lei e revidando injustas agressões, qual o problema do trabalho da imprensa? Esquisitíssimo o “liberalismo” de uma galera”, declarou.
Em resposta a declaração de Samuel, um seguidor questionou: “Se eles estão lá, por que não mostram a atividade do tragico então? Só dos policiais?”, perguntou.
Samuel então lhe respondeu destacando uma reportagem feita pela Globo onde a atividade do tráfico é denunciada pela emissora: “Não sei porque a matéria não foi ao ar ainda. Mas no domingo passado o Fantástico denunciou traficantes usando a mesma técnica. Infiltração em uma casa da região com câmera oculta”.
O incidente levanta questões importantes sobre a relação entre a imprensa e as forças policiais, bem como a segurança dos profissionais que cobrem áreas de risco em busca da informação. O debate em torno do papel da mídia na cobertura de temas delicados como a violência e o crime organizado também ganha destaque diante dessa polêmica.
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