Tecnologia
Facebook tem lista VIP de quem não precisa seguir regras na plataforma, revela WSJ
A revelação bombástica foi feita por uma investigação do jornal americano The Wall Street Journal.
Diferente de você que tem que andar na linha e não pode postar nem mesmo a palavra ‘viado’, independente do contexto, caso contrário pode acabar sofrendo uma punição da plataforma, existem pessoas acima da lei no Facebook. A revelação bombástica foi feita por uma investigação do jornal americano The Wall Street Journal.
Segundo o jornal, o Facebook tem um programa, conhecido como “verificação cruzada”, ou “XCheck”. Se trata de um programa capaz de proteger milhões de usuários contra regras que a própria rede social diz que aplica igualmente a todos os que têm conta por lá.
Uma reportagem do jornal O Globo, que repercutiu a informação, conta que entre as personalidades que foram “incluídas na lista de permissões” do programa estão o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, antes de sua conta ser deletada; a ex-secretária de Estado americano Hillary Clinton, a senadora democrata Elizabeth Warren e até o jogador de futebol brasileiro Neymar.
O próprio Mark Zuckerberg, fundador e presidente-executivo do Facebook, também integra o grupo de privilegiados, que conta ainda com membros do Congresso americano, do Parlamento Europeu e ativistas, diz a reportagem.
O jogador brasileiro, por exemplo, postou fotos íntimas de uma mulher que o acusou de estupro, as quais o Facebook acabou removendo posteriormente, relatou o WSJ. Milhares de seguidores conseguiram ter acesso às fotos, em que mulher aparecia nua, por mais de um dia, antes que fossem removidas.
O artigo do WJS reporta que alguns usuários estão incluídos em uma “lista branca”, por meio da qual recebem proteção contra descumprimentos, enquanto, em outros casos, a revisão de conteúdo potencialmente problemático simplesmente não é feita.
O XCheck foi inicialmente desenvolvido para avaliar ações contra perfis populares. Em 2020, ao menos 5,8 milhões de usuários integrariam a lista.
O porta-voz do Facebook, Andy Stone, defendeu o programa em uma série de tuítes, embora tenha assinalado que a plataforma de Mark Zuckerberg está ciente de que a aplicação de suas regras “não é perfeita”.
“Não existem dois sistemas de justiça; é uma tentativa de proteção contra erros”, publicou Stone no Twitter, em resposta ao artigo do Wall Street.
Stone acrescentou: “Verificação cruzada significa simplesmente que o conteúdo excessivo de páginas específicas da Oregon Profiles é corrigido como um segundo item de reavaliação para marcar definitivamente que aplicamos nossas políticas corretamente’.
Um padrão duplo para a moderação de conteúdo desafiaria as garantias de que o Facebook deu a uma junta independente, estabelecida como árbitro final nas disputas sobre o que pode ser publicado na rede social.
“A Junta de Supervisão expressou em múltiplas ocasiões sua preocupação com a falta de transparência nos processos de moderação de conteúdo do Facebook, especialmente aqueles relacionados ao gerenciamento inconsistente de contas de alto perfil”, disse o porta-voz da junta, John Taylor, consultado pela agência France Presse.
Em uma publicação de três anos atrás sobre a verificação cruzada, o Facebook indica que isso não protege o perfil, a página ou o conteúdo de ser removido, “apenas é feito para garantir que nossa decisão seja a correta”.
Um porta-voz do Facebook disse que a companhia está trabalhando para acabar com essa prática e que muitos dos materiais obtidos pelo jornal americano são “informações desatualizadas, costuradas para criar uma narrativa que ignora o ponto mais importante: o próprio Facebook identificou os problemas e tem trabalhado para resolvê-los”.
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