Ciência
Lula irá ao espaço em foguete de Elon Musk nesta semana
Estação Espacial Internacional receberá 128 filhotes de lulas bobtail e 5.000 tardígrados.
A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) está pronta para um ato inédito. Nesta semana, ela receberá, pela primeira vez na história, uma lula bobtail. Não só uma, mas 128 delas. Essass lulas bobtail, são um tipo de molusco que brilha no escuro.
Será na próxima quinta-feira (3), quando a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, irá fazer sua 22ª missão de reabastecimento da ISS. Com o detalhe de que nesta vez, levará não só suprimentos para os astronautas como, de quebra, lulas e tardígrados com o objetivo de serem estudados em microgravidade.
De acordo com informações do portal UOL, os cientistas a bordo da ISS vão estudar o comportamento das lulas no espaço para descobrir se a microgravidade afeta sua relação com micróbios benéficos. Já os tardígrados terão sua fama de “indestrutíveis” colocada à prova no ambiente extremo do espaço.
Os novos passageiros da ISS embarcarão num foguete Falcon 9 lançados a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, às 14h29 (horário de Brasília) de quinta-feira (3). Pra quem estiver interessado em acompanhar ao vivo, o lançamento será transmitido em live através do canal oficial da SpaceX no YouTube.
Lulas e seus micróbios
As pequenas lulas que irão ao espaço fazem parte de um experimento chamado de “Umami” (sigla para “Compreendendo a Microgravidade nas Interações entre Animais e Micróbios”, em inglês), liderado por Jamie Foster, professora do departamento de microbiologia e ciência celular da Universidade da Flórida, nos EUA. O objetivo é estudar como esses animais se relacionam com seus micróbios naturais no espaço.
“Animais, incluindo humanos, dependem de micróbios para manter um sistema digestivo e imunológico saudável”, disse Foster em entrevista à CNN.
“Não entendemos totalmente como o espaço muda essas interações benéficas. O experimento Umani usa uma lula bobtail que brilha no escuro para investigar dessas questões importantes na saúde animal.”
De acordo com a cientista, filhotes de lulas bobtail, que medem somente três milímetros, são ideais para um estudo como este já que são relativamente fáceis de levar até o espaço, como também possuem um sistema imunológico igual ao dos humanos. Quando esses animais são “colonizados” por um tipo de bactéria bioluminescente encontrada na água da Terra, o corpo deles brilha no escuro.
Na Estação Espacial Internacional, as lulas ficarão expostas a essa bactéria e os astronautas irão observar não só se elas continuam brilhando no escuro em microgravidade, como também tentará entender como a relação entre elas e os micróbios se modificam em um ambiente diferente.
“À medida que os astronautas exploram o espaço, eles levam consigo uma bagagem de diferentes espécies microbianas”, disse Foster. “É importante entender como esses micróbios, chamados coletivamente de microbioma, mudam no ambiente espacial e como essas relações são estabelecidas.”
É importante ressaltar que não é a primeira vez que lulas irão ao espaço — as bobtails sim, pela primeira vez na ISS. Isso porque a própria professora Jamie Foster, em 2011, já estudou a relação entre esses animais e suas bactérias brilhantes na microgravidade, quando o ônibus espacial Endeavour, da Nasa, as levou pra dar uma voltinha na órbita da Terra.
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