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Elon Musk acabou com a aristocracia dos verificados no Twitter e a reação foi surpreendente

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As modificações que Elon Musk fez após ter comprado o Twitter em 2022 não foram inexpressivas, elas certamente deixarão marcas.

A rede social que foi lançada em 2006 passou por muitas mudanças ao longo dos seus 17 anos completados neste mês, porém uma era na história certamente supera todas as anteriores. Visivelmente há um antes e depois da compra do bilionário. E uma das muitas modificações feitas por Musk, foi o extermínio da aristocracia dos verificados na rede social, democratizando o selo azul.

Inicialmente, muitos apontaram que a mudança foi uma confusão após usuários assinarem o Twitter Blue, e modificarem o nome de usuário gerando fakes de contas genuínas. Alguém assinava o Twitter Blue, recebia o selo azul, e modificava o nome de usuário para parecer com um perfil verdadeiro.

Para resolver o problema, Musk modificou a fonte usada nos nomes de usuários, de modo a incluir hastes na letra ‘i’ maiúscula para não confundir com o ‘L’ minúsculo.

Além disso, o novo CEO do Twitter anunciou a distinção entre três tipos de selo que reconhecem uma conta: o dourado, fornecido à contas de emissoras de TV, rádio, jornais, revistas e sites; o selo cinza, fornecido a autoridades políticas como presidentes e ministros de estado, e o tradicional selo azul, que se tornou o indicativo tanto das contas legadas, como também de quem assina o serviço Twitter Blue.

Meme do Elon Musk rindo.

Na última quinta (23), porém, o Twitter anunciou que a partir deste sábado (01), os usuários que não pagarem pelo serviço Twitter Blue, perderão o selo azul obtido durante a gestão anterior da rede social. Isso gerou um sentimento de revolta contra Musk.

Uma curiosidade é que, até então, o selo azul dividia espaço com aqueles que assinam o serviço Twitter Blue. Ao clicar no selo, a plataforma explicava se ele era proveniente de um usuário que havia assinado o serviço ou se era de alguém que poderia ou não ser relevante. Isso ocorreu porque muitas contas com menos de mil seguidores tinham o selo, o que acabou gerando o fenômeno de perfis verificados de pessoas que você nunca ouviu falar, como retratado pela página “Análises estapafúrdias de perfis verificados que ninguém conhece”.

“Esta é uma conta verificada pré-existente. Pode ou não ser de uma pessoa com notoriedade”, explicava a rede social.

Usuários que obtiveram seu selo na gestão anterior, desabafaram afirmando que se recusam a pagar para manter o indicativo, e que a decisão tomada pela nova gestão do Twitter é triste.

Usuário do Twitter com pouco mais de 2 mil seguidores lamenta o fim do selo de verificado.

O networking certamente facilitava a conquista do selo na gestão anterior. No entanto, muitos usuários apontam que, majoritariamente, aqueles que tinham o selo azul eram ideologicamente alinhados com pautas progressistas, o que ajudava na conquista junto a funcionários progressistas.

A partir de agora, porém, qualquer pessoa que pagar pelo selo poderá obtê-lo, em uma clara democratização do tão famoso selo de verificado.

Usuário do Twitter lamenta perder selo de verificado.

Em 2021, o jornalista Leo Dias revelou o esquema da chamada “máfia do selo azul”, em que agências de marketing e publicidade facilitavam a obtenção do selo de verificação no Instagram, por valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 35 mil. Conforme a rede social, para obter a verificação, é necessário que a pessoa tenha matérias na imprensa publicadas em seu nome, e esses serviços também são oferecidos pela chamada “máfia digital do selo de verificação”. Além disso, algumas dessas agências oferecem a criação de páginas na Wikipedia para ajudar a plataforma a reconhecer a figura pública.

Vale destacar mais uma vez, que o esquema revelado por Leo Dias diz respeito ao Instagram, mas uma hipótese é de que o mesmo acontecia no Twitter.

Ao revelar o Twitter Blue, Elon Musk xingou o modo como os selos de verificado para contas eram concedidos: “O atual sistema de senhores e camponeses do Twitter para quem tem ou não uma marca de verificação azul é uma m****. Poder ao povo! [Twitter] Blue por US$ 8 por mês”, escreveu Musk, em sua conta na rede social.

Em sua conta no Twitter, verificada por meio do serviço Twitter Blue, o influenciador Flávio Garage pontuou: “90% de quem tá chorando por perder o verificado não é pelos 60 reais da mensalidade, até porque a maioria ganha dinheiro com internet. O problema deles é não ser mais uma casta especial dum seleto grupinho que era amigo de algum amigo de alguém do Twitter. O pessoal que ama democracia odiou a democratização do verificado”, comentou.

Recentemente, o Twitter disponibilizou globalmente o seu serviço de assinatura, o Twitter Blue, que já estava acessível em cerca de 50 países. Mediante pagamento, os usuários do Twitter Blue têm acesso a vantagens exclusivas, como verificação de conta, tweets estendidos, prioridade em conversas e redução de 50% nos anúncios. No Brasil, o serviço está disponível por R$ 42.

Até o momento, a direção da Curiozone não decidiu se pagará pelo Twitter Blue, se aguardará o selo dourado, ou se não terá selo algum. No entanto, as postagens seguem por lá no @curiozone venha seguir também.

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