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Existem pelo menos 5 fatores que o Threads jamais terá para conseguir vencer o Twitter

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Mark Zuckerberg é incansável em seus esforços para tentar dominar as redes sociais. As circunstâncias podem tentar fazer, mas os fatos documentados não deixam esquecer: todas as vezes em que o criador do Facebook se viu ameaçado por um concorrente, ele o tentou comprar ou copiá-lo para respirar mais aliviado.

Assim foi com o Instagram, o primeiro a sofrer a investida do bilionário americano há 11 anos. Observando que o Facebook estava ameaçado, o bilionário americano imediatamente decidiu comprar a rede social criada por Kevin Systrom e Mike Krieger, e em 2012, por US$ 1 bilhão, a transação de compra era anunciada na imprensa.

Mark Zuckerberg, o bilionário e um dos fundadores do Facebook.

Os anos se passaram, e tendo já o Instagram em seu poder, Zuckerberg viu a popularidade começar a declinar com o advento do Snapchat e, mais uma vez, tentou comprar o aplicativo. Ao ver que Evan Spiegel não cedeu ao encanto da oferta de US$ 3 bilhões, Zuckerberg fez o que parece saber fazer de melhor e copiou a principal funcionalidade do Snap.

Redes sociais das BigTechs: Instagram, Facebook, YouTube, Viber, Snapchat, Messenger e WeChat.

Em pouco tempo, o que era inicialmente chamado de ‘Snapgram’ causou estranheza nos usuários, mas logo caiu no gosto do público e até hoje é uma função bem sucedida dentro do Instagram. O Snapchat não sucumbiu totalmente, ele ainda está no ar, mas não com a mesma força de antes.

Zuckerberg poderia suspirar com a mão na testa e os olhos fechados para relaxar por mais alguns anos, quando uma chinesa gigante chegaria ao mercado trazendo um aplicativo que mudou a forma como as pessoas no trânsito, dentro do ônibus, no metrô ou até sentadas no vaso fazendo o número dois assistem a vídeos. Exatamente, o TikTok.

Para a surpresa da Curiozone ele também tentou comprar essa rede social. Dessa vez, porém, em um outro contexto, quando a chinesa ainda se chamava Musical.ly e não tinha tanto sucesso como hoje. Naturalmente que ele não conseguiu, e mais uma vez copiou sua proposta ao lançar o Reels, vídeos curtos que têm feito nosso Instagram crescer em seguidores.

Existem pelo menos 5 fatores que o Threads jamais terá para conseguir vencer o Twitter.

A mais nova investida do bilionário atende pelo nome de Threads, e como você deve imaginar, depois de estar contextualizado, não se trata de uma ideia original, e sim mais uma cópia. Haters de Elon Musk, que decretaram a morte do Twitter em poucos meses, ainda 2022, ficaram em polvorosa hypando a nova cópia de Zuckerberg. O problema, é que existem pelo menos 5 pontos que a nova funcionalidade paralela ao Instagram jamais terá para conseguir vencer o Twitter, e nesta matéria você saberá quais são eles.

Notas da Comunidade

Na última semana, a matéria mais lida do nosso site falava a respeito de um fato curioso ocorrido no Twitter, que passou por mudanças sob o comando de Elon Musk, visando criar uma comunidade mais livre em termos de expressão.

Mas não é porque agora você é mais livre do que antes para se expressar no Twitter, que você está livre para mentir ou disseminar fake news sem sofrer as consequências disso. A diferença é a abordagem, que não é a mesma nas plataformas de Mark Zuckerberg.

Vale lembrar que, mesmo sem possuir um contexto, a foto de uma cebola foi destacada com Fake News, como mostramos em uma matéria do último mês de maio aqui no site.

Foto de cebola, sem contexto, é sinalizada como Fake News, no Instagram.

O recurso chamado “Notas da comunidade” do Twitter, permite que os usuários colaborem na criação de textos para confrontar informações falsas ou distorcidas em tweets, sem cercear o conteúdo de quem publicou.

Ou seja, diferente das redes de Zuckerberg (e certamente assim será no Threads), você não é censurado e nem tem seu alcance reduzido, mas seu conteúdo mentiroso estará estampado com um contexto explicando o porquê dele não estar correto.

A maior prova da isonomia no ponto de vista é o fato de que um jornalista do O Globo acusou o recurso de disseminar desinformação, mas sem provas concretas. Na verdade, o recurso esclareceu pontos não destacados na matéria do jornal, que tratava do investimento do governador de Minas Gerais em uma estrada. O problema é que a matéria deu margem a interpretações sensacionalistas, enquanto o “Notas” buscou esclarecer que a estrada não foi feita apenas para beneficiar o governador.

Matéria do jornal O Globo foi checada pelo Twitter.

Usuários do Twitter defenderam a ferramenta ‘Notas’, destacando sua eficiência em comparação com o recurso de checagem do Facebook. É importante ressaltar que qualquer usuário, de qualquer espectro ideológico, pode fazer parte do grupo que atua no “Notas da Comunidade”.

Dispensando agências de checagem (coisa que Mark Zuckerberg faz questão de prestigiar), o recurso combate a desinformação através do acordo entre os colaboradores da própria comunidade, em uma abordagem mais democrática, dinâmica e a favor da liberdade de expressão: algo que o Threads certamente não será comprometido.

Isonomia de opinião

O Threads vem com uma carinha fofa, pronto para seduzir você. Mas se as diretrizes da comunidade do Facebook impedem que você comente a palavra “viado” independente do contexto, o que garante que os interlocutores com opiniões divergentes nessa nova plataforma serão respeitados com isonomia no tratamento?

No Twitter, usuários comentaram sobre a proposta do Threads.

Usuários no Twitter comentam sobre o Threads.

Será que o Twitter vai realmente perder para um lugar onde a liberdade de expressão será mais restrita, e somente os influenciadores progressistas terão voz ativa? O futuro está nas suas mãos.

Antipatia de parte da mídia tradicional

O novo Threads não tem antipatia de jornalistas cujo alguns internautas ficaram de saco cheio. Em outras palavras, aqueles soberbos de sempre, que parecem ignorar a audiência de opinião contrária, não nutriram antipatia pelo novo Threads, assim como nutriram pelo Twitter após a compra de Elon Musk.

Miriam Leitão, por exemplo, uma das jornalistas mais controversas da mídia tradicional, admitiu seu desgosto pela era pós-Musk do Twitter. O novo Threads parece ser um bom lar para ela.

Compromisso com a liberdade de expressão

Em tempos passados, a Globo já defendeu a liberdade de expressão. O ano era 2008, e o Jornal Nacional, líder de audiência, fez uma reportagem que teve grande repercussão. A conclusão unânime foi de que a liberdade de expressão é um direito humano fundamental para a democracia, e sua ausência resulta em tirania.

A reportagem fala por si só, e você pode ver logo abaixo:

Sendo a liberdade de expressão um valor fundamental, e o Facebook conhecido por censurar pontos de vista divergentes, será que essa rede merece vingar? Mais uma vez, o futuro está nas suas mãos.

Elon Musk como dono

O Threads já começa com um fardo que carregará pelo resto de sua vida: ter Mark Zuckerberg como dono. Um bilionário que já confessou ter censurado postagens durante a pandemia, conteúdos que inicialmente eram estampados como fake news, mas que posteriormente descobriu serem verdadeiros.

Elon Musk, por outro lado, se comprometeu com a liberdade de expressão, um valor fundamental, antes de qualquer coisa para adquirir o Twitter.

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