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Netflix detalha como serão testes para cobranças extras dos que ‘emprestarem’ senhas
Emprestar senhas é algo que a Netflix quer combater de forma definitiva, ou pelo menos mitigar o impacto dessa prática. O plano do serviço para isso é realizar uma cobrança adicional a quem compartilhar sua senha, evitando assim o que a empresa parece considerar prejuízo pelo uso gratuito de pessoas não pagantes. É uma nova política que vem gerando muita polêmica, e até mesmo desconforto para muitos assinantes do serviço.
Na última sexta-feira (18), o Procon-SP notificou a filial brasileira da líder no streaming, para dar explicações depois das inúmeras notícias sobre essa nova intenção do serviço de cobrar “por emprestar senha”.
Em uma reportagem da Variety publicada nesta segunda (21), a revista compartilha informações obtidas com exclusividade sobre como o serviço pretende realizar os testes para implantar a medida.
De acordo com a publicação, para identificar o uso da plataforma por usuários não pagantes, a Netflix utilizará endereços de IP e identificadores de aparelho. Assim, o titular da conta receberia uma notificação informando o acesso de terceiros.
Caso o assinante não identifique a pessoa que está acessando a plataforma, o aplicativo do serviço de streaming irá permitir o bloqueio do acesso desse usuário. Isto no caso de o acesso ocorrer em um endereço que não seja o do titular da conta, devidamente registrado no processo de assinatura.
A estratégia de identificar o usuário não pagante e enviar a notificação –algo parecido com o praticado pela Netflix atualmente– evitaria bloqueios indevidos. Em alguns casos, o titular da conta pode acessar a plataforma de diferentes endereços ou dispositivos, como smartphone ou notebook.
Nesta primeira bateria de testes, que está sendo realizada pela plataforma no Peru, Chile e Costa Rica, o assinante só precisa autorizar a terceira apenas uma vez. Isto possibilitaria o acesso irrestrito da conta sem o pagamento de taxas extras.
Em outra versão do teste, o titular da conta pode simplesmente adicionar o endereço de outra pessoa como “assinante extra”. Neste caso, a Netflix permite que o usuário adicione até dois endereços, o que levaria ao acréscimo de taxas adicionais no valor total da assinatura.
Ainda segundo a reportagem da Variety, a Netflix estuda a iniciativa com o intuito de desmotivar o compartilhamento de senha de assinantes com usuários não pagantes. Apenas nos Estados Unidos, cerca de 36% de indivíduos entrevistados para um estudo feito pela Advertiging Search Foudation afirmaram emprestar o acesso a terceiros.
A Netflix ainda não informou se realizará testes em outros países, como o Brasil, nem se há previsão par tornar as medidas permanentes.
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