Aconteceu
Drauzio e Globo terão que pagar R$ 150 mil a pai de menino morto por Suzy
Emissora e doutor foram condenados pela Justiça ao pagamento de danos morais.
Foi em março de 2020, que uma matéria do programa Fantástico gerou revolta no público do Brasil inteiro. Tudo parecia bem por conta da mensagem que todos entenderam da reportagem: uma mostra de empatia por uma trans que estava sendo injustiçada sofrendo com a solidão na cadeia.
O problema, foi que a TV Globo escondeu do público, que a pessoa injustiçada que recebeu um abraço de Drauzio Varella, na realidade estava pagando, e talvez até pouco pelo crime que cometeu: estupro e assassinato de um menino de nove anos de idade.
Foi por conta dessa reportagem, e de toda repercussão e danos morais causados ao pai do menino, que o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o médico Drauzio Varella e a TV Globo a pagarem uma indenização de R$ 150 mil ao pai do menino de nove anos estuprado e estrangulado por Suzy de Oliveira, transsexual que cumpre pena pelos crimes ocorridos em 2010.
Na ação judicial, o pai da criança assassinada diz ter vivido um novo abalo psicológico ao reviver os fatos, e diz que Suzy recebeu “piedade social”. Pra você ter uma ideia, o estrago causado pela emissora foi tanto, que depois da reportagem, crianças chegaram a escrever cartas de apoio endereçadas a Suzy, sem que seus responsáveis soubessem quais os delitos a trans havia cometido.
Na decisão de primeira instância, a juíza Regina de Oliveira Marques avaliou que a reportagem foi negligente ao não “procurar conhecer os crimes cometidos por seus entrevistados” e retratá-los como “meras vítimas sociais”. A magistrada também ressaltou que o conteúdo provocou “situação aflitiva com implicação psíquica” ao pai da criança.
“Qualquer expectador foi induzido erroneamente a acreditar que os entrevistados seriam meras vítimas sociais; devendo ser ressaltado que mesmo se tratando os entrevistados de autores de crimes contra o patrimônio e sua sexualidade, não implicaria em serem assim tratados, já que perniciosos à sociedade como um todo.”
Drauzio Verella e a TV Globo não se manifestaram sobre a decisão.
Em 2020, a Curiozone mostrou a repercussão do caso nas redes sociais, onde um perfil fake, no Facebook, foi criado para se manifestar contra o caso. Na época o perfil “Mataquiança Eganhabraço” acabou sendo excluído da rede social de Mark Zuckerberg.
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